A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) apelou ao adiamento das eleições presidenciais marcadas para o próximo dia 20, propondo como alternativa uma data no último trimestre de 2018.
“Não se pode colocar o interesse de pequenos grupos políticos diante do interesse da maioria do povo venezuelano”, afirmam os bispos católicos, em comunicado.
Os responsáveis da Igreja Católica no país sul-americano alertam para a crise humana que se vive no país e falam em favorecimento do partido no Governo do presidente Nicolás Maduro.
“Perante problemas humanos de tal magnitude, a realização das eleições presidenciais, convocadas para 20 de maio, é deslegitimada”, observa a CEV.
Os bispos entendem que sem garantias de um “processo eleitoral livre, fiável e transparente”, as eleições, “longe de dar uma solução para a crise no país, podem piorar a crise e levar a nação a uma catástrofe humana sem precedentes”.
Esta segunda-feira, o chamado Grupo de Lima fez um apelo governo da Venezuela para que suspenda as eleições previstas para domingo.
Representantes da Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru consideraram o processo eleitoral como “ilegítimo”, por não contar com “a participação de todos os atores políticos venezuelanos”.