O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) foi alvo de protestos nesta terça-feira (30), apenas dois dias depois de sua eleição para o cargo. Opositores convocaram manifestações em pelo menos seis capitais - São Paulo, Rio, Brasília, Porto Alegre, Fortaleza e Recife - com o mote de "resistência" ao futuro governo, que vêem como um risco à democracia e à manutenção de direitos.
Em São Paulo, o protesto foi convocado pela Frente Povo Sem Medo e pela Frente Brasil Popular, organizações formadas por movimentos sociais e centrais sindicais. O ato saiu do vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo), na avenida Paulista, e ocupou uma faixa da via, rumo à praça Roosevelt, na região da Consolação. Segundo a organização do ato, 30 mil pessoas compareceram. A Polícia Militar não divulgou números. No fim da noite, pouco antes das 23h, diversos relatos de bombas e gritaria no centro de São Paulo começaram a ser publicados nas redes sociais.
O presidente da República eleito Jair Bolsonaro (PSL) venceu em 307 das 399 cidades do Paraná. Já o adversário dele, Fernando Haddad (PT), teve maioria dos votos em 92 municípios. O segundo turno foi no domingo (28).
Desta vez, não houve nenhuma cidade com empate - no primeiro turno, Amaporã, no noroeste do Paraná, foi o único lugar no país onde os dois acabaram com a mesma votação: 1.191 votos cada.
Jair Messias Bolsonaro interrompeu um ciclo de vitórias do PT que vinha desde 2002.
A vitória foi confirmada às 19h18, quando, com 94,44% das sessões apuradas, Bolsonaro alcançou 55.205.640 votos (55,54% dos válidos) e não podia mais ser ultrapassado por Haddad, que naquele momento somava 44.193.523 (44,46%).
Com 100% das sessões apuradas, o presidente eleito recebeu 57.797.073 votos (55,13%) e Haddad, 47.039.291 (44,87%).
No discurso da vitória, Bolsonaro afirmou que o novo governo será um "defensor da Constituição, da democracia e da liberdade".
Ele assume o cargo em 1º de Janeiro de 2019.