O antigo conselheiro de segurança interna está a escrever um livro sobre o tempo que passou na Casa Branca. No manuscrito, a que os jornais tiveram acesso, há novas revelações sobre o escândalo com a Ucrânia.
No livro Bolton relata uma conversa que teve com Donald Trump, no verão, em que o presidente lhe disse que queria reter a ajuda à Ucrânia até ser anunciada uma investigação aos democratas, incluindo Joe e Hunter Biden.
A divulgação do manuscrito pode ter mudado o rumo do julgamento que está a decorrer em Washington. Os senadores republicanos Mitt Romney e Susan Collins já admitiram que gostavam de ouvir John Bolton e, por isso, deverão apoiar a audição de testemunhas.
No senado, a defesa de Trump ignorou este último desenvolvimento e preferiu centrar-se no ataque às alegações iniciais dos democratas. O advogado Alan Dershowitz defendeu que a acusação não conseguiu apresentar uma única testemunha que tenha conversado com Trump sobre o assunto. Uma linha que levou os democratas a defender que os advogados estão a viver dentro de uma bolha imaginária.
A liderança republicana também desvalorizou as afirmações do antigo conselheiro argumentado que este quer apenas vender mais.
John Bolton já se disponibilizou para falar no julgamento se for intimado.
O livro "The room where it happened" vai ser publicado em Março.