Aos deslocados - que também receberam na quinta-feira uma mensagem do Papa Francisco -, o arcebispo da capital panamenha, José Domingo Ulloa Mendieta, pediu que "não deixem roubar-lhes a esperança e a capacidade de sonhar".
"Só Deus sabe o que passamos": essas foram as palavras ditas entre lágrimas por um migrante hospedado em um centro de acolhimento em Lajas Blancas, no Panamá. Juntamente com outras 3.000 pessoas de diferentes países latino-americanos que foram acomodadas no mesmo local, o homem se reuniu na quinta-feira, 21 de março, com uma delegação de bispos do Panamá, Costa Rica e Colômbia. A visita, planejada em preparação para a Páscoa, abordou a área da floresta de Darién, uma das rotas de migração mais perigosas do mundo. Aos deslocados - que também receberam na quinta-feira uma mensagem do Papa Francisco -, o arcebispo da capital panamenha, José Domingo Ulloa Mendieta, pediu que "não deixem roubar-lhes a esperança e a capacidade de sonhar". Em seguida, os prelados se deslocaram para o Centro de acolhimento San Vicente, em Metetí, uma estrutura recentemente atingida por um incêndio. Ali, como sinal de solidariedade, os bispos trouxeram uma doação de 3.000 kits de higiene pessoal: um número que responde às aproximadamente 2.500 chegadas diárias de migrantes.