Helicópteros de resgate nepaleses procuravam nesta segunda-feira pelo menos três alpinistas estrangeiros desaparecidos em uma montanha do Himalaia, após uma avalanche durante o fim-de-semana que destruiu acampamentos e matou 11 pessoas, no pior desastre do tipo em quase duas décadas no Nepal.
Sete alpinistas franceses estavam entre as 11 vítimas da avalanche que atingiu o acampamento do monte Manaslu, a oitava montanha mais alta do mundo, com 8.163 metros. Dois alpinistas alemães e um da Espanha e outro do Nepal também morreram.
"Tudo parecia destruído no local", disse o operador de viagens Nima Nuru, que organizou a expedição para os alpinistas franceses e que ajudou a levar os corpos de helicóptero de volta para Katmandu, nesta segunda.
"Não conseguimos enxergar nenhuma barraca ou qualquer pertence dos alpinistas", disse ele à Reuters no seu retorno.
Acredita-se que dois dos três escaladores desaparecidos sejam de nacionalidade francesa e um seja canadense, afirmou o vice-chefe da polícia, Basanta Bahadur Kunwar, falando por telefone da região do desastre.
Mais cinco pessoas foram resgatadas e levadas de helicóptero do acampamento na base da montanha para Katmandu nesta segunda. Dois deles, italianos, saíram caminhando do helicóptero, mas se recusaram a falar com repórteres. Seis corpos foram trazidos de volta em outro helicóptero e levados para o hospital.
Outros oito alpinistas, que não ficaram feridos, ainda estavam no acampamento de base no distrito de Gorkha, no noroeste do Nepal. Alguns deles podem continuar a sua escalada, afirmou Kunwar.
Autoridades disseram que o desastre representa um golpe para o turismo, que é uma importante fonte de receita para o país, que se recupera de uma década de guerra civil.
Escaladas e caminhadas são grandes atrações turísticas no Nepal, que abriga oito das 14 montanhas mais altas do mundo, incluindo o monte Everest. O turismo representa 4 por cento do Produto Interno Bruto do Nepal.
(Reuters)