Já não há esperança de encontrar mais sobreviventes do naufrágio que ensombrou as celebrações do dia nacional da China, em Hong Kong.
Pelo menos 36 pessoas morreram em resultado da colisão de duas embarcações de passageiros ao largo da ilha de Lamma. Seis membros de ambas as tripulações foram detidos pelas autoridades.
Poucos minutos depois de ter zarpado do porto, um navio da Companhia de Eletricidade de Hong Kong, com mais de 120 pessoas a bordo, naufragou após embater num “ferryboat”.
As vítimas são funcionários da empresa e familiares que navegavam em águas saturadas de barcos que se preparavam para assistir ao fogo-de-artifício, junto ao porto de Vitória, em pleno centro da antiga colónia britânica.
Para além dos 36 mortos já confirmados há nove pessoas em estado crítico entre os mais de 100 feridos do naufrágio.
Trata-se da pior tragédia dos últimos 15 anos em Hong Kong. Em 1996, mais de 40 pessoas morreram em consequência de um incêndio num prédio comercial.
Sobreviventes do naufrágio da noite passada relataram que o navio da Companhia de Eletricidade de Hong Kong se afundou “em menos de 10 minutos” e que os socorros demoraram “20 minutos a chegar”.
As buscas prolongaram-se pela noite dentro, com a participação de dois helicópteros, 28 navios e equipas de mergulhadores. As autoridades dizem desconhecer de momento as causas da colisão. O governo de Hong Kong anunciou a abertura de um inquérito ao acidente.
AFP