O Exército da Turquia disparou contra a Síria neste domingo em uma retaliação direta após um novo ataque sírio ter atingido a cidade turca de Akcakale, situada na fronteira entre os dois países, segundo informações da agência de notícias Dogan, no segundo incidente do tipo em cindo dias.
O primeiro-ministro do país, Tayyip Erdogan, advertiu a Síria na sexta-feira de que a Turquia não fugiria de uma guerra se fosse provocada, mas uma série de morteiros atirados pela Síria tem atingiu o país turco desde então.
Não houve vítimas quando a bomba síria atingiu a região próxima a uma usina de propriedade da Câmara de Grãos da Turquia (TMO, na sigla em inglês), a várias centenas de metros do centro de Akcakale, onde civis foram mortos na quarta-feira em um bombardeio anterior.
Os ataques mútuos representam a mais séria onda de violência transfronteiriça durante o conflito na Síria, que começou como protestos pró-democracia, mas evoluiu para uma guerra civil de tons sectários.
Integrante da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a Turquia já foi aliada do presidente sírio, Bashar al-Assad, mas se voltou contra ele depois da violenta resposta à revolta no país. De acordo com a Organização das Nações (ONU), mais de 30 mil pessoas já morreram no conflito da Síria.
De acordo com o Observatório Sírio para Direitos Humanos, as bombas lançadas pela Turquia atingiram a região próxima à cidade síria de Tel Abyad.
Akcakale estava calma desde a retaliação turca na quarta e quinta-feira em resposta ao bombardeio sírio inicial, mas as forças do governo sírio começaram a bombardear as áreas ao redor da cidade síria de Tel Abyad no domingo de manhã, segundo informações da agência de notícias Dogan.
Antes do último ataque à Turquia, o Exército sírio havia disparado sete bombas neste domingo na área próxima ao prédio da alfândega da Síria, que fica localizado a cerca de 300 metros da fronteira e sob controle das forças rebeldes, disse a agência.
Há relatos de fatalidades nesses ataques e que dois sírios feridos foram carregados para o outro lado da fronteira e levados a um hospital em Akcakale, afirmou a agência de notícias.
Reuters