O Irão reagiu de forma fria à reeleição do presidente dos Estados Unidos Barack Obama na quarta-feira, com o chefe do judiciário condenando os "crimes" das sanções norte-americanas e indicando que Obama não deveria esperar rápidas negociações com o governo iraniano.
"Depois de toda essa pressão e crimes contra o povo iraniano, as relações com a América não podem ser possíveis do dia para a noite e os americanos não devem pensar que podem chantagear a nossa nação ao chegarem à mesa de negociações", disse Sadeq Larijani, segundo a agência de notícias IRNA.
Houve especulações de que, caso Obama ganhasse um segundo mandato, os EUA, que não têm relações diplomáticas com Irão há três décadas, poderiam buscar negociações diretas. Obama quer restringir o programa nuclear do Irão, o qual acredita ter propósitos militares, apesar das negativas iranianas.
Larijani relembrou o desapontamento do governo do Irão depois de Obama assumir o cargo pela primeira vez em 2008. "Quatro anos atrás, Obama...anunciou que estenderia a mão da cooperação para o Irão", disse. "Mas ele buscou um caminho diferente e impôs sanções sem precedentes e é natural que o povo iraniano nunca esqueça estes crimes."
Outras lideranças do Irão ainda não comentaram O resultado das eleições norte-americanas.