As autoridades francesas dizem que estão prontas para apoiar “logisticamente”, de forma indirecta, uma eventual intervenção militar no norte do Mali, apesar das ameaças de morte de quatro reféns gauleses, capturados pelo braço da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico.
As mensagens, em tom intimidatório, foram divulgadas no site de notícias mauritano “Shara Media”. Em poucas palavras, os extremistas dizem que tal acto custará vidas, trará desgraças e catástrofes acrescidas, mas Paris assegura empenho máximo para que tudo acabe bem.
“A França está disposta dar apoio, no quadro de uma iniciativa africana, sob mandato das Nações Unidas”, diz o general Martin Klotz, porta-voz do ministério francês da Defesa.
Há mais de cinco meses que Tumbuctu, Gao e Kidal, as três regiões administrativas do norte do Mali, estão ocupadas por grupos aliados da rede extremista, que aproveitaram a confusão criada com um golpe de Estado militar em Bamako, a capital.
O presidente francês tinha-se dito pronto a apoiar uma intervenção se tal fosse solicitado, no quadro das Nações Unidas.
O processo está em marcha até porque o presidente do Mali pediu ajuda aos países do oeste de África.
Para a próxima semana está prevista uma reunião sobre a área do Sahel em Nova Iorque, à margem de uma assembleia-geral da ONU.