Se o fim do verão foi escaldante no sul da Europa, o outono promete ser abrasador, com o agravar da austeridade, da recessão e do desemprego, um cocktail explosivo que fez mais de meia centena de feridos na capital espanhola, metade dos quais polícias.
A manifestação, convocada pelas redes sociais sob o mote “Cerca o Congresso”, terminou em confrontos violentos na praça Neptuno, junto ao Congresso onde se reúnem os deputados.
Milhares de pessoas tomaram, de forma maioritariamente pacífica, as ruas de Madrid para denunciarem uma “democracia sequestrada” pelos mercados financeiros e demonstrarem a cólera face a uma crise que deixou um em cada quatro espanhóis sem trabalho.
“O povo unido já mais será vencido” ou “as mãos são as nossas armas” foram algumas das palavras de ordem dos manifestantes, na sua maioria mais jovens do que em demonstrações precedentes.
Os juros da dívida espanhola voltaram a subir e quinta-feira serão anunciadas novas medidas de austeridade pelo governo conservador de Mariano Rajoy.