Um rapaz de 21 anos foi detido nesta quarta-feira em Palma de Maiorca, Espanha, na altura em que recebia cerca de 140 quilos de substâncias químicas para fabricar explosivos. É suspeito de preparar um atentado na Universidade das Ilhas Baleares e já tinha manifestado simpatia pelos autores do massacre de Columbine de 1999, nos EUA, em que foram mortos 12 alunos e um professor.
A detenção foi confirmada pela polícia espanhola, que mostrou algum do material apreendido, frascos ou baldes com substâncias que podem ser usadas no fabrico de explosivo – ácido sulfúrico, nitrato de potássio e 125 quilos de nitrato de amónio, por exemplo.
O detido foi apenas identificado como Juan Manuel M. S. e a polícia acredita que conseguiu impedir o que seria um massacre na Universidade das Baleares. Há vários meses que investigava o blogue do suspeito e algumas das suas mensagens. “Deixou diversos comentários na Internet a referir em que se identificava com o massacre no liceu de Columbine, nos Estados Unidos, e também tinha um blogue onde manifestava o seu ódio, o gosto por armas e pelo fabrico de explosivos”, adiantou a polícia em comunicado.
Os materiais para o fabrico de explosivos tinham sido encomendados pela Internet e a detenção ocorreu precisamente no momento em que o suspeito estava a receber as substâncias químicas.
A investigação da polícia tinha começado há cinco meses, depois de terem sido detectadas mensagens com referências ao massacre de Columbine nas quais o suspeito manifestava simpatia pelos seus autores, Eric Harris, então com 18 anos, e Dylan Klebold, de 17. Nessas mensagens, adiantou a polícia, o detido fazia também referência “ao isolamento social que conduziu à marginalização escolar” e dizia ainda que sabia como fabricar vários tipos de explosivos.
Sobre Juan Manuel M.S. sabe-se que é de nacionalidade espanhola, vivia sozinho e estava a estudar electrónica num instituto de formação profissional em Palma de Maiorca. A sua detenção foi efectuada por 10 membros das forças policiais, depois de cinco polícias o terem vigiado ao longo da última semana a partir do terraço de um bar que fica em frente à sua casa.
Num diário pessoal do detido e noutros documentos encontrados pela polícia estavam escritas mensagens de ódio contra os estudantes universitários. Ao longo dos últimos meses Juan Manuel terá também procurado adquirir armas de forma ilegal mas não conseguiu, adiantou o El País. Por isso, tinha pedido recentemente que lhe fosse atribuída licença de posse de arma.