A presidente Dilma Rousseff e o chefe de Governo espanhol, Mariano Rajoy, discutiram nesta segunda-feira a "situação na Faixa de Gaza" e expressaram sua preocupação pelas consequências do aprofundamento da violência para todo o Oriente Médio.
"Analisamos esta situação, que é preocupante. Vimos na imprensa cenas terríveis. Em particular, nos preocupa muito a possibilidade de uma invasão terrestre" de Israel a Gaza, disse Dilma após uma reunião com Rajoy.
A presidente revelou que na noite de domingo conversou por telefone com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e com o presidente do Egito, Mohamed Mursi, para discutir a necessidade de evitar o agravamento de uma situação já muito preocupante.
Na conversa com Ban, "expressei a urgência de adotar medidas efetivas de contenção. O presidente do Egipto me transmitiu o empenho de seu país e de toda a região do Oriente Médio para evitar que esta situação piore".
O Brasil, disse Dilma, é "favorável a que se conceda a condição de Estado aos palestinos na ONU, para construir a paz. Estamos certos de que a paz será construída com dois Estados consolidados".
Já Rajoy afirmou que havia conversado com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a quem pediu "contenção".
"As imagens que vemos são terríveis, com crianças mortas, civis atingidos. Todos queremos diplomacia, diálogo e acordo. A situação é lamentável. Israel tem direito à legítima defesa, mas nós solicitamos contenção na resposta para não provocar uma disparada que degenere em um conflito aberto", disse Rajoy à imprensa.
É necessário "reinstituir a tranquilidade em nível regional e em nível mundial. Espero que as coisas não se tornem maiores", afirmou o chefe de Governo espanhol.