A Turquia pediu oficialmente à NATO para colocar mísseis de defesa aérea Patriot ao longo da fronteira com a Síria, anunciou hoje a Aliança Atlântica.
"Recebi um pedido da Turquia para a mobilização de mísseis Patriot. Os aliados vão discutir a questão sem demora", anunciou o secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, num comunicado.
"Tal mobilização permitiria aumentar as capacidades de defesa aérea da Turquia para proteger a população e o território, contribuiria para reduzir a tensão ao longo da fronteira sudeste da NATO e seria uma demonstração concreta da solidariedade e determinação da Aliança", lê-se no texto.
O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Ahmet Davutoglu, disse na terça-feira em Ancara que os mísseis terra-ar são "uma medida de precaução, em particular para defesa".
Aldeias turcas próximas da fronteira com a Síria foram alvo de fogo da artilharia do regime de Bashar al-Assad.
"A missão da NATO é fornecer segurança aos seus membros quando um deles está ameaçado por um nível destes de violações da fronteira e outros riscos, como mísseis balísticos", disse Davutoglu.
A Alemanha e a Holanda são os dois países europeus com maior capacidade para fornecer mísseis de médio alcance.
Na segunda-feira, numa reunião com ministros europeus, Rasmussen considerou a situação na fronteira turco-síria "muito preocupante" e afirmou que, em caso de necessidade, "os planos para defender e proteger a Turquia estão prontos" e podem ser "ajustados para garantir uma proteção eficaz".
A avaliação do pedido pela NATO deverá envolver a colocação de duas baterias alemãs de mísseis Patriot para proteger o território turco de eventuais ataques sírios com mísseis balísticos.
A NATO colocou mísseis na fronteira da Turquia durante a Guerra do Golfo de 1991 e em 2003, no início da guerra no Iraque.
Lusa