A Justiça russa ordenou nesta quinta-feira o bloqueio do acesso aos vídeos da banda Pussy Riot na internet, justificando que os videoclipes do grupo feminino têm caráter "extremista".
Actualmente, duas integrantes da banda são mantidas atrás das grades.
O tribunal Zamoskvoretskiï de Moscou ordenou a "restrição do acesso" a esses vídeos que foram considerados "extremistas", principalmente a "oração punk" anti-Putin cantada em fevereiro na catedral da capital pelo grupo, que causou a detenção de suas componentes.
O site das Pussy Riot e o popular blog do grupo na plataforma Livejournal também foram afetados pelas restrições.
O tribunal atendeu com isso as exigências da Procuradoria, segundo as quais, o livre acesso a esses vídeos pode "levar a uma incitação ao ódio racial", ameaçando os direitos de um "determinado grupo de pessoas".
Quando esta decisão da justiça entrar em vigor - em uma data não especificada - esses vídeos passarão a integrar na lista dos documentos extremistas proibidos na Rússia. Sua divulgação se tornará então passível de processos penais, ressaltam as agências russas.
Mais de 800 obras "extremistas" são proibidas atualmente na Rússia, segundo uma lista criada pelo Ministério da Justiça. Ela inclui principalmente textos islamitas, neonazistas, ultra-nacionalistas russos ou antissemitas.