O ramo da Al-Qaeda no norte de África ameaça a França com novos atentados, depois dos ataques da semana passada que mataram 17 pessoas, avança a CNN.
A Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQIM, na sigla inglesa) avisa, numa mensagem publicada na internet, que a França "está a expor-se ao pior", nomeadamente quando realiza intervenções militares no estrangeiro e ridiculariza o profeta Maomé.
“A França paga o preço pela sua violência contra os países muçulmanos e a violação da sua santidade. Enquanto os seus soldados continuem a ocupar o Mali, a África Central e a bombardear o nosso ponto na Síria e no Iraque, enquanto a imprensa continuar a ridicularizar o nosso profeta, a França vai ficar exposta ao pior e mais”, adverte a rede terrorista.
A ameaça acontece depois dos atentados da semana passada em Paris, que resultaram na morte de 17 pessoas.
Na quarta-feira, 12 pessoas foram assinadas num ataque contra o jornal satírico “Charlie Hebdo”, no dia seguinte uma mulher polícia foi morta e na sexta-feira quatro reféns foram abatidos durante um sequestro num supermercado judaico. Três terroristas, os irmãos Cherif e Said Kouachi e Amedi Coulibali, foram mortos pelas forças de segurança francesas.
Os ataques de Paris geraram uma onda de condenação e solidariedade, que culminou com uma manifestação histórica no domingo, em Paris, que juntou mais de um milhão de pessoas, entre as quais meia centena de chefes de Estado e de Governo de todo o mundo.
As autoridades francesas elevaram a segurança para níveis sem precedentes. O ministro da Administração Interna francês anunciou o destacamento de mais dez mil soldados e quase mais cinco mil polícias para ajudar a proteger as várias comunidades judaicas no território. Escolas confessionais, sinagogas, mesquitas e redacções de jornais serão os locais sob máxima atenção das forças policiais no país, que continua com o plano de acção contra o terrorismo, o "Vigipirate".