Os Estados Unidos anunciaram que a partir desta sexta as importações de aço e alumínio europeus ficam sujeitas a uma taxa aduaneira de 25% e 10% respectivamente. Washington descartou prolongar a moratória que expira esta noite. Os alidados prometem retaliar.
Também as importações de aço e de alumínio do México e do Canadá passam a ser sujeitas a taxas aduaneiras americanas.
Num comunicado da Casa Branca as autoridades americanas asseguram que esta medida, já em curso para o Japão, a China, a Turquia e a Rússia, nomeadamente, tinha um impacto positivo de peso em termos de emprego.
Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão europeia, alegou que não havia outra alternativa para o bloco a não ser levar o caso perante a OMC, Organização mundial do comércio, e impor taxas alfandegárias a produtos provenientes dos Estados Unidos.
Também o México prometeu já represálias.
Esta fora uma questão também abordada hoje em Lisboa pela chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro português António Costa.
Ambos fizeram questão em referir que os europeus teriam uma posição comum de reprovação da atitude americana e não se deixariam dividir.
Angela Merkel terminava em Lisboa uma visita a Portugal de dois dias, com etapas no Porto e em Braga.
A líder alemã apelou no Palácio Foz, na capital portuguesa, à "reciprocidade" nas relações económicas entre a China e os europeus.
"Onde a China se abre também nós podemo-nos abrir", referiu Merkel.
E isto numa altura onde a empresa China Three Gorges lançou uma OPA (Oferta pública de aquisição) à EDP, Electricidade de Portugal onde já possui 23,27% do capital desta última.