Os fogos que lavram na Grécia causaram pelo menos 60 mortos e 156 feridos, alguns em estado crítico, de acordo com os últimos dados da Protecção Civil grega, avançou a agência de notícias Efe.
A mesma fonte precisou que 11 dos feridos estão em estado crítico e teme-se que o número de mortes seja ainda maior, uma vez que os serviços de emergência continuam a receber telefonemas a alertar para o desaparecimento de pessoas.
Todas as vítimas foram encontradas entre o porto de Rafina, a cerca de 30 quilómetros de Atenas, e Nea Makri, cerca de dez quilómetros mais a norte.
As vítimas encontravam-se em casa ou nos seus carros. Outras pessoas tentaram fugir do fogo atirando-se ao mar, mas acabaram por morrer afogados.
Um porta-voz da Cruz Vermelha disse à rede de televisão pública ERT que, depois de terem sido encontrados 24 corpos, os bombeiros descobriram hoje um outro grupo de 26 pessoas, já sem vida, num campo localizado na pequena cidade de Mati.
De acordo com os bombeiros, ainda existem três incêndios em curso na região de Ática, mas também grandes frentes noutras regiões do país, particularmente na área de Corinto, no Peloponeso, bem como na ilha de Creta.
As operações de combate aos incêndios prosseguiram durante a noite, mas foram prejudicadas por fortes ventos.
Depois de as autoridades terem declarado o estado de emergência e solicitado ajuda internacional, o porta-voz do Governo, Dimitris Tzanakopoulos, anunciou que os aviões de combate aos incêndios chegarão hoje de Espanha, bem como voluntários do Chipre.
Segundo o prefeito de Rafina, Evánguelos Burnús, pelo menos 500 casas e 200 veículos foram danificados em maior ou menor grau pelas chamas.
Burnus referiu, num comunicado enviado à televisão ERT, que continua a ser realizada a operação de resgate por mar realizada na segunda-feira e que os navios da Guarda Costeira estão a transportar muitos moradores de Rafina para outras áreas seguras.
Não há, até ao momento, registo de portugueses entre as vítimas ou desaparecidos nos incêndios que atingem a Grécia.