O Papa manteve-se em situação estável ao longo do dia de hoje e passou 20 minutos na capela do 10.º andar do Gemelli, onde está internado há 22 dias.
“Esta manhã, o Papa recolheu-se durante cerca de 20 minutos, na pequena capela do quarto do Gemelli, no 10.º andar, para um momento de oração privada. No decorrer do dia, continuou as suas atividades de trabalho”, refere a sala de imprensa da Santa Sé.
A nota, divulgada no portal de notícias do Vaticano, indica que Francisco passou o dia entre “descanso e oração”, prosseguindo os tratamentos, incluindo a fisioterapia respiratória e motora.
À imagem do que tem acontecido nos últimos dias, o Papa vai dormir com a ajuda de ventilação mecânica não-invasiva.
Tendo em conta a “estabilidade do quadro clínico”, o novo boletim com atualizações sobre o estado de saúde do pontífice vai ser publicado este sábado.
Esta manhã, o Vaticano informou que o Papa tinha passado uma “noite tranquila” e que tinha acordado pouco depois das 08h00 locais (menos uma em Lisboa).
Na última noite, Francisco fez-se ouvir pela primeira vez desde o início da hospitalização, com uma breve mensagem em que agradecia aos peregrinos reunidos em oração, na Praça de São Pedro, e lhes deixava a sua bênção.
O diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Matteo Bruni, esclareceu hoje que foi o próprio Papa que quis que o áudio fosse difundido, para “agradecer as numerosas orações que estão a fazer por ele” e mostrar que se sente acompanhado.
Num quadro clínico “complexo”, fez oxigenação de alto débito durante o dia, com a utilização de cânulas nasais.
Francisco está internado desde 14 de fevereiro, devido a problemas respiratórios, com prognóstico reservado.
O Papa foi diagnosticado com uma infeção polimicrobiana das vias respiratórias, que se agravou para uma pneumonia bilateral, num quadro clínico definido como complexo.
A quarta hospitalização no 10.º andar do Gemelli desde 2021 é já a mais longa do pontificado.
Jorge Mario Bergoglio, de 88 anos, é natural de Buenos Aires, na Argentina; a 13 de março de 2013 foi eleito como sucessor de Bento XVI, escolhendo o inédito nome de Francisco.
OC
