A Liga Operária Católica / Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) critica o corte dos feriados e o aumento de meia hora no trabalho diário do sector privado que o Governo quer impor a partir de 2012.
Em nota enviada à Agência ECCLESIA com as conclusões do encontro realizado este sábado e domingo, no Porto, para assinalar os 75 anos do movimento, a LOC/MTC denuncia "a crescente mercantilização do trabalho, onde o que conta é ser apenas produtivo, obrigando a mais horas de trabalho e a diminuir feriados e dias santos, tirando o tempo para a família, para a cultura e para a espiritualidade".
O Governo pretende acabar com quatro feriados nacionais, entre os quais dois sugeridos pela Igreja Católica, Corpo de Deus, festa móvel celebrada entre Maio e Junho, e Nossa Senhora da Assunção, a 15 de Agosto, questão que está a ser debatida entre a Santa Sé e o Executivo de Pedro Passos Coelho.
Depois de vincar a "actualidade" da LOC/MTC, o documento refere que o "desafio" colocado hoje ao movimento é o de sempre: a atenção "aos problemas, às angústias e às frustrações que são vividos e sentidos no dia a dia das pessoas, permanecendo ao lado dos mais pobres e fragilizados, como sejam os desempregados e reformados".
Os tempos actuais, "difíceis e sombrios", distinguem-se "pelo sofrimento de homens e mulheres que trabalham em precariedade laboral e insegurança quanto ao seu futuro profissional; pelos trabalhadores que foram excluídos do seu local de trabalho ou dos jovens que não conseguem aceder a ele", refere o texto.
A LOC/MTC vai "continuar a participar nas estruturas organizativas - sindicatos, associações sociais, culturais, escolares, autárquicas e Ecclesiais - em tudo por onde passa a vida dos trabalhadores e das suas famílias", acentua a nota divulgada no seguimento do encontro que reuniu 750 pessoas.
O movimento quer também dar prioridade à luta contra o egoísmo e a rivalidade: "Queremos combater o individualismo, o salve-se quem puder e o espírito de competitividade feroz - começando na família e passando pelos locais de trabalho".
Pelo movimento passaram "muitos" trabalhadores "inspirados no Evangelho de Jesus Cristo e no Ensino Social da Igreja" que "assumiram uma vida de testemunho e de compromisso no âmbito social, sindical, político e eclesial, na fidelidade à sua missão cristã", recorda a nota.
O documento reconhece "com carinho e gratidão" o papel dos sacerdotes, "a começar" pelo primeiro assistente nacional do movimento, padre Abel Varzim, que permitiram "que surgissem dos leigos mais simples animadores e evangelizadores do mundo do trabalho, das famílias e das comunidades".
As conclusões sublinham que a LOC/MTC que continuar a "dar vez e voz ao projecto de Jesus Cristo e à responsabilidade que implica vivê-lo e anunciá-lo, em coerência com os valores evangélicos da justiça, solidariedade, da fraternidade, da equidade, da responsabilidade cívica e do respeito pela dignidade humana".
No encontro realizada na casa diocesana do Vilar, estiveram presentes delegações da central sindical CGTP-IN e de organizações civis e Ecclesiais de Portugal e do estrangeiro.
RJM
Em nota enviada à Agência ECCLESIA com as conclusões do encontro realizado este sábado e domingo, no Porto, para assinalar os 75 anos do movimento, a LOC/MTC denuncia "a crescente mercantilização do trabalho, onde o que conta é ser apenas produtivo, obrigando a mais horas de trabalho e a diminuir feriados e dias santos, tirando o tempo para a família, para a cultura e para a espiritualidade".
O Governo pretende acabar com quatro feriados nacionais, entre os quais dois sugeridos pela Igreja Católica, Corpo de Deus, festa móvel celebrada entre Maio e Junho, e Nossa Senhora da Assunção, a 15 de Agosto, questão que está a ser debatida entre a Santa Sé e o Executivo de Pedro Passos Coelho.
Depois de vincar a "actualidade" da LOC/MTC, o documento refere que o "desafio" colocado hoje ao movimento é o de sempre: a atenção "aos problemas, às angústias e às frustrações que são vividos e sentidos no dia a dia das pessoas, permanecendo ao lado dos mais pobres e fragilizados, como sejam os desempregados e reformados".
Os tempos actuais, "difíceis e sombrios", distinguem-se "pelo sofrimento de homens e mulheres que trabalham em precariedade laboral e insegurança quanto ao seu futuro profissional; pelos trabalhadores que foram excluídos do seu local de trabalho ou dos jovens que não conseguem aceder a ele", refere o texto.
A LOC/MTC vai "continuar a participar nas estruturas organizativas - sindicatos, associações sociais, culturais, escolares, autárquicas e Ecclesiais - em tudo por onde passa a vida dos trabalhadores e das suas famílias", acentua a nota divulgada no seguimento do encontro que reuniu 750 pessoas.
O movimento quer também dar prioridade à luta contra o egoísmo e a rivalidade: "Queremos combater o individualismo, o salve-se quem puder e o espírito de competitividade feroz - começando na família e passando pelos locais de trabalho".
Pelo movimento passaram "muitos" trabalhadores "inspirados no Evangelho de Jesus Cristo e no Ensino Social da Igreja" que "assumiram uma vida de testemunho e de compromisso no âmbito social, sindical, político e eclesial, na fidelidade à sua missão cristã", recorda a nota.
O documento reconhece "com carinho e gratidão" o papel dos sacerdotes, "a começar" pelo primeiro assistente nacional do movimento, padre Abel Varzim, que permitiram "que surgissem dos leigos mais simples animadores e evangelizadores do mundo do trabalho, das famílias e das comunidades".
As conclusões sublinham que a LOC/MTC que continuar a "dar vez e voz ao projecto de Jesus Cristo e à responsabilidade que implica vivê-lo e anunciá-lo, em coerência com os valores evangélicos da justiça, solidariedade, da fraternidade, da equidade, da responsabilidade cívica e do respeito pela dignidade humana".
No encontro realizada na casa diocesana do Vilar, estiveram presentes delegações da central sindical CGTP-IN e de organizações civis e Ecclesiais de Portugal e do estrangeiro.
RJM