Arranca esta Terça-feira na cidade de Santa Maria, na ilha Cabo-verdiana do Sal, a Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Os Presidentes de Cabo Verde, Moçambique, Guiné-Bissau, Portugal e São Tomé e Príncipe já se encontram na ilha do Sal, ao longo do dia chegam a Cabo Verde os Presidentes de Angola, Brasil e Guiné Equatorial.
A Cimeira foi antecedida do Conselho de Ministros da CPLP, na segunda-feira, altura em que o ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, Luís Filipe Tavares, assumiu a presidência do órgão.
"Fizemos um conjunto de recomendações aos chefes de Estado e de Governo, que na terça-feira vão discutir e aprovar a Declaração de Santa Maria sobre a mobilidade", declarou.
Nos próximos dois anos, Cabo Verde promete apostar fortemente no capítulo da mobilidade. Segundo Luís Filipe Tavares, neste momento, estão criadas todas as condições para se conseguir importantes ganhos. "Nunca tivemos condições políticas tão boas como agora para avançarmos sobre este dossier", assegura.
O Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, afirma que a importância da presidência cabo-verdiana tem que se traduzir em avanços no domínio da mobilidade. "Pretendemos dar uma grande ênfase à questão da mobilidade. Cabo Verde, querendo o máximo, tem noção com realismo de que não se pode ter o máximo de uma só vez e de imediato. Mas procuraremos avançar nesta área", garante.
Cabo Verde assume a presidência da CPLP por um período de dois anos e, ao que tudo indica, o diplomata português Francisco Ribeiro Telles deverá dirigir o Secretariado Executivo.
A cimeira do Sal deverá ser marcada também pela admissão do Reino Unido, França, Itália, Andorra, Luxemburgo, Sérvia, Argentina, Chile e da Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, Ciência e Cultura como observadores associados da CPLP.
O Brasil secretário executivo cessante da Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP) faz balanço positivo dos 22 anos da organização e defende padronização e cumprimento dos acordos firmados entre os Estados, nomeadamente, sobre a concessão de vistos de múltiplas entradas.
O posicionamento foi manifestado à Ecclesia, em Luanda, pela chefe do sector político da Embaixada do Brasil em Angola, Tânia Regina de Sousa, no âmbito da 12ª cimeira de chefes de Estado e de Governo que tem início, esta terça-feira, na Ilha do Sal, em Cabo Verde.
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