Unicef comemora queda da
mortalidade infantil mas alerta para disparidades. Taxa em África é 24 vezes
maior que a dos países industrializados.
O Fundo das Nações Unidas
para a Infância (Unicef) divulgou relatório sobre os progressos na diminuição
da mortalidade infantil no mundo. O documento é baseado em estudo que mostrou
que as taxas de mortalidade infantil (crianças com menos de 5 anos) caíram mais
no período 2000 a
2008 do que entre 1990 a
2000.
O estudo alerta, porém, para o fato de que esse ritmo de queda não é suficiente para que as metas do Milénio sejam alcançadas. Esse compromisso, assinado por todos os países presentes na Assembleia das Nações Unidas em 2000, em Nova York, estabeleceu metas para redução da pobreza e outros problemas até 2015.
A mortalidade de crianças de até 5 anos de idade em 2008 está em 65 para cada
1.000 nascidas vivas. Em 1990, esse índice global era de 90 para 1.000.O estudo alerta, porém, para o fato de que esse ritmo de queda não é suficiente para que as metas do Milénio sejam alcançadas. Esse compromisso, assinado por todos os países presentes na Assembleia das Nações Unidas em 2000, em Nova York, estabeleceu metas para redução da pobreza e outros problemas até 2015.
A diminuição de mortalidade foi de menos 10 mil crianças a cada dia, embora ainda ocorram quase 9 milhões de mortes anuais. Se olharmos os números de 1990, veremos que naquele ano foram 12,5 milhões de mortes.
A desigualdade global se expressa de maneira muito forte a partir da constatação de que a África e a Ásia representam 93% de todas as mortes de crianças com menos de 5 anos. O continente africano conta 51% dos óbitos e 42% ocorrerram na Ásia.
A taxa de mortalidade infantil na África atinge 132 crianças para cada 1.000 nascidas vivas. Isso equivale a 24 vezes as taxas dos países industrializados.
O melhor desempenho na redução de mortalidade foi dos países da America Latina e Caribe, que conseguiram reduzir seus índices em 56% nesses 18 anos, entre 1990 e 2008.