Governo do Zimbabwe utilizará dinheiro do FMI para reconstruir infra-estruturas.

Governo do Zimbabwe utilizará dinheiro do FMI para reconstruir infra-estruturas.
 
welcome_to_zimbabwe-1.jpgO Zimbabwe vai utilizar os US$ 400 milhões (272 milhões de euros) de apoio do Fundo monetário internacional (FMI) para reconstruir as suas infra-estruturas, anunciou hoje (16) o ministro das Finanças Tendai Biti. "Temos projectos para este dinheiro", declarou Biti numa conferência de mineira em Harare. "A maior parte desta soma será despensada para o desenvolvimento das infra-estruturas", acrescentou.

Igualmente recordou que o país devia atrair os investidores estrangeiros para reconstruir a economia do país que numerosos dodadores de fundos internacionais se recusam forncer uma ajuda financeira directa ao governo de união. "Isso agora vai levar muito tempo antes que o Zimbabwe receba uma ajuda bilateral. Devemos procurar investimentos estrangeiros", sublinhou.

Desde a chegada de Biti ao ministério das Finanças, o governo abandonou oficialmente o dólar zimbabweano para pôr fim aos anos de hiperinflação e suavizar as restrições em matéria de importações. "Se o país pode gerir 30% do PIB, nós poderemos pretender um regresso do dólar zimbabweano", indicou.

A nova equipa dirigente no Zimbabwe, estima ter necessidade de mais de US$ 8,5 biliões (6,2 biliões de euros) para reconstruir a economia e as infra-estruturas, esforça-se entretanto em atrair doações e empréstimos financeiros.

A maioria dos doadores de fundos internacionais recusam-se a conceder a sua ajuda enquanto o respeito dos direitos do Homem não for restabelecido e o acordo de partilha do poder plenamente aplicado.

O FMI ajudou o Zimbabwe no quadro de um programa de empréstimo que foi proposto pelos seus 186 membros. O Banco Mundial previa para esse país uma taxa de crescimento de 3,7% em 2009.
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O Primeiro-ministro do Zimbabué, Morgan Tsvangirai, dirigiu duras críticas ao partido ZANU-PF, do Presidente Robert Mugabe.
 
Tsvangirai diz que não vai permitir que os apoiantes de Mugabe continuem a violar a lei e a perseguir os deputados do seu partido, Movimento para a Mudança Democrática (MDC, na sigla inglesa).
O chefe do Governo, que falava no comício do 10º aniversário do MDC, acusa o ZANU-PF de "espalhar a linguagem do ódio, invadir as quintas produtivas e ignorar os tratados internacionais".
Estas declarações aconteceram na altura em que uma delegação da União Europeia (UE), liderada pelo comissário Karel De Gucht e pelo ministro sueco Gunilla Carlsson, visitava o Zimbabué.