O duplo atentado suicida perpetrado
contra a Força da Paz da União Africana na Somália O duplo atentado suicida
perpetrado contra a Força da Paz da União Africana
O duplo atentado
suicida perpetrado contra a Força da Paz da União Africana na Somália (AMISON)
a 17 de Setembro corrente, que matou 17 soldados, prova a necessidade de
acelerar a formação dum exército africano único no quadro dum Governo Federal
com competências de intervir militarmente se necessário e não unicamente forças
confinadas à única missão de manutenção da segurança.
O quartel geral da AMISON na capital somalí, Mogadíscio, foi palco dum duplo
atentado suicida cometido com a ajuda de dois camiões armadilhados que
ostentavam a sigla das Nações Unidas e em que morreram 17 soldados africanos,
dos quais oficiais superiores.
Este ataque contra as forças africanas neste país situado no Corno de África
acontece como um apelo para a necessidade de activar a Declaração de Tripoli
saída da cimeira especial da União Africana (UA) a 31 de Agosto último
consagrada à resolução dos conflitos em África convocada pelo líder líbio,
Muamar Kadafi, presidente em exercício da UA, relativa à Somália.
Os líderes africanos reiteraram nesta declaração o seu apoio ao Governo somalí
através do apoio às forças de segurança e a sua insistência à aplicação do
acordo de paz de Djibuti aberto a todos os Somalís desejosos de fazer face a
tudo que se opinha à concretização da paz no seu país.
O conflito somalí tornou-se, segundo o enviado especial do Secretário-Geral da
ONU, Ahmedou Ould Abdellah, com o tempo, num conflito motivado por interesses
financeiros e económicos, que afirmou que "muitas pessoas têm medo da paz
visto que ela prejudica os seus investimentos e interesses económicos".
Se os líderes africanos adoptassem os apelos repetidos lançados pelo líder
Kadafi para acelerar o ritmo do processo unionista africano e a integração
entre países do continente, sonho dos pais fundadores e esperanças
desenvolvidas por mais de 700 milhões de Africanos que fariam de África um
único espaço no seio do qual se baseiam todas as divergências, as diferenças
graças a uma única identidade africana, a uma moeda única, a um único mercado e
a um único Exército africano, os diversos conflitos africanos que assolam o
continente, resultantes das sequelas da colonização ocidental teriam sido há
muito tempo resolvidos.
Com efeito, é a colonização que balcanizou África através das divisões que
criaram fronteiras artificiais e modos de vidas impostos ao continente que não
correspondem com o tecido social africano.
Esta realidade impõe a necessidade de criação deste Exército africano único sem o qual os conflitos não podem ser resolvidos e que se esforçará para erradicar os focos de tensão visto que a missão essencial deste exército será opor- se a qualquer pessoa que tente aniquilar a segurança do continente e a sua exploração ao serviço de agendas estrangeiras.
Esta realidade impõe a necessidade de criação deste Exército africano único sem o qual os conflitos não podem ser resolvidos e que se esforçará para erradicar os focos de tensão visto que a missão essencial deste exército será opor- se a qualquer pessoa que tente aniquilar a segurança do continente e a sua exploração ao serviço de agendas estrangeiras.
Com efeito, com a existência dum Exército africano único com todas as
competências, a presença das forças estrangeiras sob a capa internacional já
não será necessária em várias regiões do continente, dado que a maioria dos
Africanos consideram estas forças como uma forma de neocolonização e uma
tentativa de colocar mais uma vez África sob a sua tutela.