A África do Sul está combatendo o crime
violento e conseguiu reduzir os índices de homicídio às vésperas de o país
receber a Copa do Mundo de 2010
O
ministro da Polícia, Nathi Mthethwa, afirmou, porém, que alguns dos crimes mais
preocupantes, como os roubos a residências e escritórios, que podem abalar a
confiança dos empresários, aumentaram.
Cerca
de 50 pessoas são assassinadas todos os dias na África do Sul, às vezes apenas
por causa de um telefone celular, enquanto policiais mal equipados enfrentam o
que o governo chama de "campo de batalha" na maior economia da
África.
O
presidente Jacob Zuma indicou um chefe de polícia linha dura que prometeu tornar
as ruas seguras antes da Copa do Mundo do ano que vem, com a qual o governo
espera atrair milhões de dólares com turismo e prestígio internacional.
Mthethwa
divulgou hoje (22) as estatísticas anuais sobre a violência - de Abril de 2008 a Março de 2009 -,
registrando haver pouco menos de 2,1 milhões de crimes graves, como homicídio,
assaltos violentos, estupro e roubo de carros. Durante esse período, os
homicídios caíram 3,4% e a tentativa de homicídio, 4,3%", disse Mthethwa a
jornalistas.
Dos
18.143 casos de homicídio registrados no país, mais de três quartos foram
causados por facadas e tiros.
Os
criminosos com frequência escapam da punição em razão das falhas de um sistema
judiciário sobrecarregado e os analistas afirmam que o trabalho policial precário
torna difícil efetivar as condenações.
O
combate a esses problemas é crucial se a África do Sul, que vive sua primeira
recessão em 17 anos, quiser garantir aos investidores que é seguro fazer
negócio no país, e evitar que os profissionais sul-africanos bem qualificados
se mudem para o exterior. "Estamos muito preocupados com o aumento nos
assaltos a residências que, durante o último ano financeiro, subiu 27,3%",
disse Mthethwa a repórteres."Esse é um dos crimes mais invasivos e
personaliza a experiência do crime. A casa de uma pessoa é a última linha de
defesa dela".