Nas vésperas do seu primeiro discurso sobre o estado da nação, o Presidente sul-africano e o Congresso Nacional Africano (ANC, no poder) estão a levar a cabo uma operação para evitar manifestações depois de Jacob Zuma ter admitido que era pai dum filho ilegítimo.
O comício que Zuma previu fazer em Gugulethu, na Cidade do Cabo, foi subitamente cancelado segunda-feira, mas o ANC rejeitou que a anulação estava ligada a ameaças de manifestação devido à conduta sexual de Zuma.
Como consequências deste caso, o principal partido da oposição anunciou que tinha a intenção de submeter uma moção de censura contra o Presidente e que ele iria buscar o apoio de outros partidos da oposição.
Na semana passada, Zuma publicou três comunicados para se desculpar depois de admitir que era o pai do filho da irmã de Irvin Khoza, presidente do Comité Local de Organização do Mundial de Futebol.
No seu último comunicado, ele afirmou: "Deploro sinceramente a pena que infligi à minha família, ao ANC, à Aliança Tripartida e aos sul-africanos em geral".
As desculpas de Zuma intervieram depois duma semana marcada por uma viva emoção depois das revelações feitas pelo diário "Sunday Times", segundo as quais o Presidente sul-africano teria tido em segredo um filho fora do casamento com Sonono Khoza.
Analistas afirmaram que o ANC estava fortemente preocupado que se "nada for feito" as escapadas sexuais de Zuma poderão prejudicar o partido durante as próximas eleições gerais.