Todos os anos, a Catholic Charities Usa, graças à generosidade de mais de 300.000 voluntários, presta serviços aos pobres. Desde o início da história da Igreja nos Estados Unidos, esta experiência pessoal do amor de Cristo foi a força unificadora que impele os católicos de todas as idade a comprometer-se nas obras de misericórdia, justiça e compaixão para com os pobres.
A Igreja terá sempre um amor preferencial pelos pobres: fiel ao mandamento de Jesus, nunca poderá fechar os olhos face aos sofrimentos dos nossos irmãos e irmãs mais infelizes. Hoje, a Igreja na América, inclusive a Catholic Charities, enfrenta os desafios que ameaçam esta herança que nos foi transmitida pelas gerações precedentes. Os tempos que estamos a viver são caracterizados por um secularismo agressivo, que tenta excluir a religião da vida pública e, por conseguinte, instaurar uma cultura sem Deus, na qual cada um pode viver prescindindo da lei da verdade e do amor inscrita pelo Criador no coração de todos os seres humanos. O secularismo tenta substituir Deus e a sua lei divina com opiniões pessoais, ideologias, prazeres e desejos.
As instituições caritativas católicas não estão isentas de serem condicionadas por esta mentalidade secularizada. Perante estas situações novas e complexas, devemos praticar uma caridade «inteligente» capaz de ouvir e distinguir; uma caridade organizada, capaz de respostas inovadoras à crise; uma caridade que inclua as causas dos problemas e não se limite a fornecer só serviços necessários, mas que acompanhe também quem se encontra em dificuldade. Em tempos tão difíceis, permanecer fiéis à nossa identidade cristã é já por si um desafio. Mas a nossa identidade católica pode ser verdadeiramente a via-mestra rumo à renovação e o percurso seguro no qual recolher os frutos duradouros do nosso trabalho caritativo.