Uma lei que fere o Uruguai

Uma lei que fere o Uruguai

Dor e perplexidade por uma lei que «contradiz a Constituição e fere a nação»: não se fizeram esperar no Uruguai as reacções dos bispos depois da aprovação definitiva por parte do Parlamento do projecto de lei que despenaliza o aborto. A medida que ontem recebeu luz verde também por parte do Senado – depois da aprovação da Câmara dos deputados, ocorrida em Setembro – agora deverá esperar a (quase certa) promulgação por parte do presidente da República, a fim de que se torne lei para todos os efeitos.

Num comunicado publicado no site da Conferência episcopal, o Vicariato da família e da vida da arquidiocese de Montevidéu realça a dor profunda por uma lei que «vai contra o primeiro dos direitos humanos, que é o direito à vida, contradizendo a Constituição». A lei – que não considera ilegal a interrupção voluntária da gravidez e que na América Latina vigorava até agora, em várias condições, só em Cuba, na Guiana, em Porto Rico e no distrito da Cidade do México – «é uma agressão a um ser humano inocente e, portanto, à sociedade inteira, e uma ofensa a Deus criador».

LR