O Papa Bento XVI afirmou este sábado que a “comunhão” com os antepassados supera os limites da própria morte e que isso pode ser sentido, entre outras ocasiões, nas visitas aos cemitérios.
“Os lugares da sepultura constituem como uma espécie de assembleia, na qual os vivos se encontram com os defuntos e com eles restabelecem os vínculos de uma comunhão que a morte não pôde interromper”, disse o Papa, na Basílica de São Pedro, Vaticano.
“É como se os túmulos nos interpelassem, convidando-nos a restabelecer com os defuntos um diálogo que a morte pôs em crise”, acrescentou.
A homilia foi proferida durante a missa anual pelos cardeais e bispos falecidos nos últimos 12 meses, no contexto da comemoração dos Fiéis Defuntos (2 de novembro).
Bento XVI evocou os falecidos como “amigos do Senhor que, confiando na sua promessa, conservaram até nas dificuldades e perseguições, a alegria da fé, e agora habitam para sempre na casa do Pai”.
O Papa apresentou uma reflexão sobre a vida além da morte, na fé católica, frisando que esta “não é um desdobramento interminável do tempo presente, mas algo de completamente novo”.
Bento XVI mencionou um a um os dez cardeais mortos desde dezembro de 2011.
OC