O Advento é tempo de alegria, porque desperta nos corações dos crentes a expectativa da chegada de Jesus, cuja presença entre os homens mostra um Deus próximo «que está connosco na Igreja». Bento XVI explicou-o aos fiéis da paróquia romana de São Patrício em Colle Prenestino, onde foi em visita pastoral na manhã de 16 de Dezembro. O Pontífice celebrou a missa do terceiro domingo de Advento no final da qual regressou ao Vaticano para a recitação do Angelus.
A prece mariana foi também caracterizada pela atmosfera de festa natalícia do domingo Gaudete, mas o Pontífice não deixou faltar a sua «proximidade na oração» às famílias das vítimas do massacre na escola básica nos Estados Unidos da América. «Estou profundamente triste – afirmou – pela violência insensata de sexta-feira em Newtown, no Connecticut» e desejou «fervorosas acções de paz» para contrastar a difusão de tragédias semelhantes.
Entre quantos escutaram as suas palavras comovidas, estavam presentes também cinco mil jovens do Centro oratórios romanos, que marcaram encontro com ele na praça de São Pedro para a tradicional bênção das pequenas imagens do menino Jesus a serem colocadas nos presépios. O Papa encorajou-os, assim como fez com os fiéis polacos da «Obra natalícia ajuda às crianças», desejando que a sua iniciativa caritativa e ecuménica traga alegria aos corações de muitas crianças.
Na reflexão que precede o Angelus, Bento XVI tinha identificado três regras de boa conduta indicadas pelas leituras do domingo: justiça animada pela caridade; honestidade no cumprimento do próprio dever, sem se aproveitar do poder para roubar; respeito por todos, sobretudo da parte de quantos têm maiores responsabilidades. E um comentário sobre a liturgia foi oferecido pelo Pontífice também durante a missa na paróquia da periferia romana. Na homilia – durante a qual integrou o texto preparado com diversas considerações improvisadas – o Papa sublinhou que «para acolher o Senhor que vem» é necessário preparar-se «analisando bem a nossa conduta de vida». Citando as palavras do Baptista, lidas durante a proclamação do Evangelho, o Pontífice recordou que Deus «não exige nada de extraordinário, mas cada um viva segundo os critérios de solidariedade e de justiça». Porque «sem eles não é possível prepararmo-nos bem para o encontro com o Senhor. Aliás – concluiu - «em breve celebraremos o Natal» e, não obstante as dificuldades quotidianas, é necessário uma atitude positiva: «devemos rejubilar e procurar compreender cada vez mais que Jesus está próximo e ser imbuídos pela bondade de Deus e pela alegria».