O Papa Bento XVI recebeu delegação do Comité Olímpico Italiano e destacou potencial da prática desportiva para a educação.
Bento XVI recebeu hoje no Vaticano uma delegação do Comité Olímpico Italiano e criticou os desportistas que recorrem a substâncias ilícitas para obter melhores desempenhos.
“A pressão para conseguir resultados significativos nunca deve levar à decisão de seguir por atalhos, como acontece no caso do doping”, disse, perante atletas que representaram a Itália nos Jogos Olímpicos de Londres.
O Papa elogiou o “espírito de equipa” e sublinhou que este pode ser um “incentivo” para não recorrer à dopagem e um “apoio” para acolher e ajudar “aqueles que reconhecem que erraram”.
Bento XVI pediu “um desporto ao serviço do homem”, frisando que qualquer atividade, neste campo, “exige lealdade, respeito pelo próprio corpo, sentido de solidariedade e altruísmo, mas também alegria, satisfação, festa”.
“Isto pressupõe um caminho de autêntica maturação humana, feita de renúncias, de tenacidade, de paciência, e sobretudo de humildade, que não suscita aplausos, mas que é o segredo da vitória”, acrescentou.
Segundo o Papa, o que é está em jogo não é apenas o respeito das regras, mas “a visão do homem, do homem que pratica desporto e que, ao mesmo tempo, tem necessidade de educação, de espiritualidade e de valores transcendentes”.
“O desporto é um bem educativo e cultural capaz de revelar o homem a si mesmo e de o aproximar de uma compreensão do sentido profundo da sua vida”, acrescentou.
Aludindo ao Ano da Fé (outubro de 2012-novembro de 2013) que a Igreja Católica está a viver, Bento XVI considerou que o mundo do desporto pode ser como uma oportunidade de encontro “aberta a todos”, crentes e não crentes.
OC