Consumada a eleição do novo Papa, o próximo passo é marcar a cerimónia que inaugura o pontificado, na qual é entregue o anel do pescador. Esta celebração tem mudado muito ao longo dos séculos. Antigamente incluía a na inauguração de João Paulo I.
No coroação do novo Papa com a tríplice tiara papal, mas este hábito foi abandonado pontificado anterior, de Bento XVI, a cerimónia decorreu no domingo seguinte à eleição, a 24 de Abril. Um dia depois de se ter tornado Papa, Bento XVI aprovou alterações à cerimónia e o novo Sumo Pontífice pode fazer o mesmo.
Tendo por base as normas promulgadas por Bento XVI, a cerimónia começa com o Papa e todos os cardeais, eleitores e não eleitores, ajoelhados para oração diante da imagem de São Pedro na Basílica do mesmo nome. De seguida, o Papa é investido com o pálio, símbolo de autoridade, e com o anel do pescador.
Este momento é seguido da prestação de homenagem e juramento de obediência. Antigamente, este juramento era feito pelos cardeais todos, mas Bento XVI simplificou o processo convidando 12 pessoas, representando cardeais, clero e leigos, que o fazem em nome do resto da comunidade de fiéis. Mas este procedimento também mudou: dias antes da sua resignação, Bento XVI voltou a promulgar alterações à norma, estabelecendo que a partir de agora todos os cardeais prestam o juramento. Evidentemente, o novo Papa terá liberdade para fazer as alterações que entender.
Segue-se missa solene, com a Praça de São Pedro repleta não só de fiéis mas também de dignitários e representantes de todo o mundo, incluindo políticos, monarcas, líderes religiosos e figuras destacadas do mundo civil. Após a missa, estas delegações têm a oportunidade de cumprimentar pessoalmente o novo Papa dentro da Basílica de São Pedro.
Feita a inauguração, segue-se, normalmente no espaço de alguns dias, a cerimónia de entronização, que tem lugar na Basílica de Latrão, que tem um estatuto superior à de São Pedro. Esta cerimónia de entronização é o culminar da tomada de posse do novo Papa.