A peregrinação de entronização da imagem de Nossa Senhora da Muxima, no Santuário de Luján, já pisou o solo argentino. Depois de uma escala técnica no Brasil os peregrinos já dão os primeiros passos rumo a Basílica que passa a ser a segunda casa da nossa Mãe do Coração. São 108 peregrinos animados pela fé e pela devoção.
Dia 14 de Abril, domingo, as 11 horas locais (15 horas em Angola) acontece a cerimónia de entronização. O Santuário de Luján, fica a cerca de 60 km a oeste de Buenos Aires.
Na Argentina a devoção mariana remonta aos seus colonizadores, no início do século XVI. Diz a tradição que nas guerras da independência os conquistadores e generais não saíam para as batalhas sem antes pedir com seus soldados a proteção da Virgem Maria.
A origem do título Nossa Senhora de Luján é contada de pai para filho: um rico fazendeiro, Antonio Farias de Sá, habitante de Sumampa, hoje Santiago deI Estero, encomendara de um amigo brasileiro, uma estatueta da Imaculada Conceição.
Era sua intenção construir na fazenda uma capela em louvor àVirgem Maria. Chegada de navio a Buenos Aires, sua encomenda seguiu viagem com outras mercadorias, em carros-de-bois. Às margens do rjo Luján, os mercadores fizeram uma parada. No dia seguinte, por um estranho prodígio, os bois empacaram e nada os fazia andar. Resolveram então aliviar-Ihes a carga. De nada adiantou. Só depois que o último caixote, justamente o que guardava a imagem, foi retirado do carro, os bois saíram do lugar. Todos entenderam então que era ali que a Virgem queria ficar. Estando próximos da fazenda de João Rosendo, para lá se dirigiram em procissão, e improvisaram um altar para a imagem. Tão logo possível, construíram ali uma pequena capela que hoje é o belíssimo santuário de Luján. Esse local ficou conhecido como a "detenção da carreta" ou o "milagre de Luján".
A devoção a Nossa Senhora de Luján espalhou-se por toda a América. Sua festa principal é celebrada no dia 8 de maio.