Os dois bispos ortodoxos sequestrados esta segunda-feira na Síria foram hoje libertados, noticiou a Reuters, citando fontes da Igreja local, e estão de regresso a Alepo, em segurança.
Mar Gregorios Ibrahim, da Igreja siro-ortodoxa, e Paul Yazigi, da Igreja greco-ortodoxa, tinham sido raptados por um grupo armado na aldeia de Kafr Dael, província de Alepo, e o seu motorista foi assassinado.
A identidade dos sequestradores não foi ainda revelada.
A agência Zenit, da Igreja Católica, adianta que a libertação resulta de uma intervenção da Igreja Ortodoxa em Moscovo, do governo grego e do enviado especial da ONU.
O Papa tinha apelado esta manhã à libertação dos dois bispos e recordou as populações atingidas por uma “emergência humana de vastíssimas proporções”.
O porta-voz do Vaticano revelou em comunicado que Francisco foi informado deste “novo gravíssimo facto, que se soma ao crescimento da violência nos últimos dias e a uma emergência humana de vastíssimas proporções”.
Segundo estimativas citadas por responsáveis católicos no terreno, a guerra na Síria já provocou um milhão de refugiados, dois milhões e meio de deslocados e quase 100 mil mortos.
Os confrontos surgiram após a repressão dos protestos populares contra o regime de Bashar al-Assad que tiveram início em março de 2011.
No início de fevereiro, dois padres foram sequestrados por homens armados no sul de Alepo sem que tenha voltado a haver notícias suas desde então.