Neste terceiro domingo do Advento, designado Domingo da Alegria, não obstante a chuva e o frio, a Praça de São Pedro estava repleta também de crianças dos oratórios, paróquias, e escolas de Roma com as suas estatuínhas do Meninos Jesus para serem benzidos pelo Papa antes de serem colocados nos presépios. E a elas o Papa dirigiu uma especial saudação depois da Oração mariana do Angelus, pedindo-lhes para se recordarem dele quando rezarem perante o Presépio, assim como ele também se recorda delas…
E neste período de Advento centrado na espera do nascimento do Deus Menino, foi precisamente sobre o convite à alegria que ressoa na liturgia deste domingo, que o Papa centrou a sua reflexão antes da oração das Avé Marias, dizendo que tal como uma mãe, a Igreja encoraja a prosseguir com confiança o itinerário espiritual para podermos celebrar com renovada exultação a festa do Natal.
Recordando que a mensagem cristã se chama “Evangelho”, que quer dizer “Boa Nova”, é um anuncio de alegria para todos, o Papa disse:
“A Igreja não é um refugio para gente triste, a Igreja é a casa da alegria. “
Citando depois o profeta Isaias, o Papa disse que não se trata duma alegria qualquer; é uma alegria que vem do saber que todos somos amados, que Deus veio para nos salvar, sobretudo os que se encontram desviados de coração. Ele vem para nos tornar robustos, firmes, para nos dar coragem, para fazer florescer o deserto e a estepe, isto é a nossa vida quando se torna árida, sem a água da Palavra de Deus e do seu Espírito de amor…
E por maior que sejam os nossos limites não nos é consentido ser fracos, vacilar – frisou o Papa, recordando que não devemos nunca temer porque o nosso Deus mostra-nos sempre a grandeza da sua misericórdia. Com a sua ajuda podemos sempre recomeçar, reabrir os olhos, ultrapassar a tristeza e as lágrimas e entoar um cântico novo. Podemos recomeçar, insistiu o Papa, fazendo notar mais uma vez que não obstante os nossos pecados, Deus é misericordioso para connosco…
E essa alegria do encontro com Deus, permanece sempre, mesmo nas provações, e vai ao profundo do coração de quem se entrega a Deus e confia n’Ele…
“A alegria cristã, tal como a esperança, tem o seu fundamento na fidelidade de Deus, na certeza de que Ele mantém sempre as suas promessas” .
O Papa disse ainda que quem encontrou Cristo na sua vida, sente uma grande serenidade e uma alegria de que ninguém lhes pode privar…
“A nossa alegria é Cristo, o seu amor fiel e inexaurível”. Por isso, quando um cristão se torna triste, quer dizer que se afastou de Jesus. E nesse caso é preciso não deixá-lo só. Devemos rezar por ele, fazer-lhe sentir o calor da comunidade” .
E o Papa rezou a Nossa Senhora a quem o Anjo disse “Alegra-te ó cheia de Graça, o Senhor está contigo” para que nos ajude a viver na alegria do Evangelho na nossa família, no trabalho, paróquia e em qualquer contexto… Aquele alegria e ternura que qualquer mãe sente quando olha para o seu recém-nascido, um dom de Deus pelo qual agradecer.
Como dizíamos, depois do Angelus o Papa saudou as crianças . Mas saudou também um grupo de jovens da Zâmbia, desejando que se tornem “Pedras vivas” para construir uma sociedade humana, desejo que alargou a todos os outros jovens presentes.
Depois do Angelus o Papa deslocou-se à Aula das Bênçãos para saudar a comunidade de Vila Nazaré que ali tinha celebrado a Santa Missa.