Francisco apela ao fim da violência na Síria por ocasião do início da conferência internacional de paz “Genebra 2”
O Papa não esqueceu a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, dizendo durante a audiência geral, esta quarta-feira, que a separação que ainda existe entre as diferentes confissões é um escândalo. “Não há outra palavra”, insistiu Francisco.
A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos realiza-se todos os anos por esta altura, começando no dia 18 e terminando no dia 25 de Janeiro. Por todo o mundo representantes das diferentes Igrejas e confissões cristãs juntam-se em iniciativas comuns e rezam pelo fim da divisão.
No dia em que começa a conferência internacional de paz “Genebra 2”, o Papa falou também da situação na Síria, pedindo a todos que contribuam para a reconstrução daquele país que é palco de uma guerra civil há quase três anos.
“Desejo para a querida nação síria um caminho decidido de reconciliação, de concórdia e de reconstrução, com a participação de todos os cidadãos, onde cada um possa encontrar no outro não um inimigo, não um concorrente, mas um irmão a acolher e abraçar”, disse, perante milhares de pessoas na Praça de São Pedro.
A cimeira internacional de paz para a Síria, uma iniciativa da Rússia, Estados Unidos da América e Nações Unidas, começa na cidade suíça de Montreux, seguindo-se negociações em Genebra, entre o Governo e oposição sírios.
As conversações vão ser acompanhadas por mais de 30 países, incluindo os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, representantes da Liga Árabe, da União Europeia e da Santa Sé.
“Rezo para que o Senhor toque os corações de todos, para que, procurando unicamente o maior bem do povo sírio, tão provado, não poupem nenhum esforço para chegar com urgência ao fim da violência e do conflito, que já causou demasiado sofrimento”, declarou o Papa Francisco.
O núncio apostólico (embaixador da Santa Sé) na Síria, Mario Zenari, disse à Rádio Vaticano que é tempo de “virar a página” e combater uma “pobreza galopante” que se soma “às mortes, aos massacres, às atrocidades, às destruições”.