A menos de três semanas da visita do Papa à Terra Santa para uma viagem que promete ser histórica, os preparativos no terreno decorrem em ritmo acelerado.
Da Jordânia, onde Francisco vai aterrar no dia 24 de Maio, chegam ecos do entusiasmo que domina a antecipação do encontro que o Papa vai ter com os refugiados da Síria e do Iraque, tal como da missa que vai celebrar em Amã.
Um dos responsáveis por preparar o terreno, o carpinteiro Abu Mohamad, já atingiu a fama com o trabalho que tem tido, nos últimos três meses, a montar e talhar as cadeiras e o altar para o Papa Francisco. O carpinteiro jordano diz-se honrado por dar as boas-vindas a tão ilustre visitante através do seu trabalho.
Todas as comunidades cristãs e Igrejas de Jerusalém decidiram entretanto fazer uma novena de oração com início no dia 14 de Maio. De olhos postos no histórico encontro entre o Papa e o Patriarca Bartolomeu de Constantinopla, a novena prevê intensos momentos de oração em igrejas ortodoxas, católicas, luteranas e anglicanas.
As novidades nesta visita do Papa à Terra Santa não são só ecuménicas, são também inter-religiosas, já que o Papa Francisco vai percorrer todas as etapas desta peregrinação de três dias acompanhado por dois amigos muito especiais: o rabino de Buenos Aires, Abraham Skorka e o líder muçulmano Omar Abboud, presidente do Instituto para o Diálogo Inter-religioso.
Depois das históricas visitas à Terra Santa de Paulo VI (em 1964), João Paulo II (no ano 2000) e Bento XVI (em 2009), é a primeira vez que Francisco inclui no seu séquito oficial um líder judeu e outro muçulmano, ambos argentinos e amigos de longa data.
O programa oficial da primeira visita de Francisco à Terra Santa, que decorre entre 24 e 26 de Maio, inclui passagens por Amã, Belém, Telavive e Jerusalém, além de um encontro com refugiados da Síria e jovens deficientes junto ao rio Jordão, o local de baptismo de Jesus.