O Papa apelou à liberdade religiosa em defesa dos cristãos perseguidos e lembrou os milhões de vítimas dos conflitos. No Vaticano, esta manhã, disse que o Homem ainda não aprendeu a lição após duas grandes guerras.
O Papa falou da sua visita ao cemitério militar de Redipuglia, no norte da Itália, onde rezou pelos mortos da I Guerra Mundial.
“Os números são impressionantes: fala-se de cerca de oito milhões de jovens soldados mortos e sete milhões de civis. Isto faz-nos perceber o quanto a guerra é uma loucura…da qual a humanidade ainda não aprendeu a lição. Porque depois dessa, houve uma II Guerra Mundial e depois tantas outras que ainda hoje estão em curso. Quando é que vamos finalmente aprender a lição?”. A questão foi deixada aos milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro para a recitação do angelus.
Francisco recordou ainda os cristãos que vivem sem liberdade religiosa e são perseguidos por causa da sua fé. “Pensemos com emoção nos nossos irmãos e irmãs perseguidos e mortos por causa da sua fidelidade a Cristo. Isso acontece, especialmente, onde a liberdade religiosa ainda não é garantida ou plenamente realizada. Acontece também em países e ambientes que, em princípio, protegem a liberdade e os direitos humanos, mas onde, na prática, os crentes e especialmente os cristãos encontram várias restrições e discriminações.”
Francisco recordou que esta segunda-feira começa uma missão das Nações Unidas para a “pacificação” da República Centro-Africana, procurando “proteger a população civil, que está a sofre gravemente com as consequências do conflito em curso”.
“Que a violência ceda quanto antes lugar ao diálogo; que as facções opostas deixem de lado interesses particulares e procurem trabalhar para que cada cidadão, qualquer que seja a etnia ou religião a que pertence, possa colaborar para a edificação do bem comum”, acrescentou.