O avião que trouxe o Papa Francisco de Estrasburgo aterrou no Aeroporto de Ciampino, em Roma, pouco depois das 16 horas. Durante o voo, como costuma fazer, o Santo Padre conversou com os jornalistas. Afirmou que a Doutrina Social da Igreja é inspirada no Evangelho, e interpelado sobre a expressão "identidade dos povos" contida no seu discurso e também sobre se o seu coração abrigava um “sentimento social-democrata”, o Papa respondeu o seguinte:
“Não ouso qualificar-me de uma ou de outra parte. Eu ouso dizer que isto vem do Evangelho. Esta é a mensagem do Evangelho que a Doutrina Social da Igreja contém. Eu nisto, concretamente, e em outras coisas – sociais ou políticas – não me afasto da Doutrina Social da Igreja. A Doutrina Social da Igreja vem do Evangelho, da Tradição cristã. Isto que disse – a identidade dos povos – é um valor evangélico”.
O Papa Francisco explicou o seu convite para que exista uma abertura à verdade na edificação do bem comum, algo que deve ser confiado também aos jovens políticos:
“Eu vi nos diálogos com os jovens políticos, sobretudo aqui no Vaticano, de diversos partidos e nações, que eles falam com uma música diversa que tende à transversalidade! Eles não têm medo de sair da própria pertença, sem negá-la, mas sair para dialogar. E são corajosos! E acredito que nisto devemos imitá-los. E também o diálogo intergeracional. Este sair para encontrar pessoas de outra pertença e dialogar: a Europa tem necessidade disto, hoje”.
Sobre o tema da paz o Papa Francisco, quando interpelado sobre se seria possível o diálogo com o auto proclamado ‘Estado islâmico’ respondeu o seguinte:
“Eu nunca dou uma coisa por perdida, nunca! Talvez não possa haver um diálogo, mas nunca fechar uma porta. É difícil, pode-se dizer ‘quase impossível’, mas a porta está sempre aberta”.
“Cada Estado sente ter o direito de massacrar os terroristas, e com os terroristas caem tantos inocentes. E esta é uma anarquia de alto nível que é muito perigosa. Com o terrorismo deve-se lutar, mas repito aquilo que disse na viagem precedente: quando se deve deter o agressor injusto, deve-se fazer com o consenso internacional”.