D. Manuel Clemente afirmou que o facto de ser escolhido pelo Papa para cardeal vai ser uma oportunidade para “colaborar mais diretamente” com Francisco, cujo “pontificado e pensamento” se identifica “absolutamente”.
“Para mim é um gosto colaborar ainda mais diretamente com o Papa Francisco, cujo pontificado e pensamento me identifico absolutamente”, disse o patriarca de Lisboa aos jornalistas esta tarde, na paróquia de Queluz, em Lisboa.
O Papa Francisco anunciou hoje que vai criar 15 cardeais eleitores, nomeadamente D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa, no segundo consistório do atual pontificado, marcado para os dias 14 e 15 de fevereiro.
Para D. Manuel Clemente, a escolha de Francisco aconteceu de forma “surpreendente” e compromete-o “sempre mais” para fazer “o que for preciso e o que o Papa quiser”.
“Essencialmente o que ele me pede é que seja bispo de Lisboa. Depois, o mais que se acrescentar, da melhor maneira que eu puder e souber. Boa vontade essa não falta”, declarou D. Manuel Clemente.
O patriarca de Lisboa recordou que recebeu a notícia como está “habituado ver as coisas na Igreja”, onde acontecem “de uma maneira surpreendente e comprometem sempre mais”.
“Esta é uma oportunidade para reforçar mais a minha presença e o meu compromisso no pontificado do Papa Francisco”, sustentou.
O consistório para a criação de novos cardeais, marcado para 14 e 15 de fevereiro, vai decorrer após um encontro de dois dias com todo o Colégio Cardinalício, sobre a reforma da Cúria Romana, nos dias 12 e 13 do mesmo mês.
Neste momento, há 110 cardeais eleitores, dos quais menos de metade são da Europa (52), seguindo-se a América (33 - 17 do Norte e 16 latino-americanos), África (13), Ásia (11) e Oceânia (1).
Portugal estava representado no Colégio Cardinalício até agora por D. José Saraiva Martins, prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos (com mais de 80 anos) e D. Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor emérito.