O Papa Francisco lembrou este domingo, em Roma, que a Igreja Católica deve estar junto dos marginalizados e pediu aos novos cardeais para que estejam disponíveis para servir os outros.
Foi a mensagem da homília da missa, que o Papa celebrou na Basílica de São Pedro com os 20 novos cardeais criados no sábado, entre eles o Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente.
O Papa Francisco afirmou que, apesar dos perigos, o caminho da Igreja é de misericórdia e da integração.
"Isto não significa subestimar os perigos nem fazer entrar os lobos no rebanho, mas acolher o filho pródigo arrependido, curar com determinação e coragem as feridas do pecado, arregaçar as mangas em vez de ficar a olhar passivamente o sofrimento do mundo", disse o Papa em Roma.
Francisco esclareceu que o caminho da Igreja "é não condenar eternamente ninguém, derramar a misericórdia de Deus sobre todas as pessoas que a pedem com coração sincero" e "precisamente sair do próprio recinto para ir à procura dos afastados nas 'periferias' da existência".
Aos novos cardeais o Papa Francisco lembrou que a disponibilidade é um sinal distintivo da Igreja Católica e que não basta "só acolher e integrar": é preciso "ir à procura, sem preconceitos nem medo, dos afastados revelando-lhes gratuitamente aquilo que gratuitamente recebemos".
"A disponibilidade total para servir os outros é o nosso sinal distintivo, é o nosso único título de honra", acrescentou.