“Um minuto pela paz”: esta é a iniciativa que se realiza esta quarta-feira, 8 de junho, para recordar o segundo aniversário do histórico encontro entre o Papa Francisco, Bartomoleu e os presidentes de Israel e Palestina, realizado no Vaticano.
A proposta é que às 13h todo fiel possa interromper seus afazeres e, por um minuto, rezar cada um segundo a própria tradição. É possível aderir sozinho ou em grupo, em casa ou no ambiente de trabalho, ou com uma celebração num local de oração.
A iniciativa é do Fórum Internacional Ação Católica e da União Mundial de Organizações Femininas Católicas. Os organizadores propõem uma intenção especial pelos refugiados que sofrem diariamente as consequências da violência.
“Queremos oferecer a todos esta oportunidade, este gesto, para encorajar a oração contínua e o empenho pela paz e Misericórdia.
Dois anos atrás, nos Jardins Vaticanos, o Papa Francisco recordou que, para fazer a paz, é preciso coragem, muita mais do que para fazer a guerra. “É preciso coragem para dizer sim ao encontro e não à briga; sim ao diálogo e não à violência; sim às negociações e não às hostilidades; sim ao respeito dos pactos e não às provocações; sim à sinceridade e não à duplicidade. Para tudo isto, é preciso coragem, grande força de ânimo.”
E fez a seguinte oração:
Senhor Deus de Paz, escutai a nossa súplica!
Tentámos tantas vezes e durante tantos anos resolver os nossos conflitos com as nossas forças e também com as nossas armas; tantos momentos de hostilidade e escuridão; tanto sangue derramado; tantas vidas despedaçadas; tantas esperanças sepultadas... Mas os nossos esforços foram em vão. Agora, Senhor, ajudai-nos Vós! Dai-nos Vós a paz, ensinai-nos Vós a paz, guiai-nos Vós para a paz. Abri os nossos olhos e os nossos corações e dai-nos a coragem de dizer: «nunca mais a guerra»; «com a guerra, tudo fica destruído»! Infundi em nós a coragem de realizar gestos concretos para construir a paz. Senhor, Deus de Abraão e dos Profetas, Deus Amor que nos criastes e chamais a viver como irmãos, dai-nos a força para sermos cada dia artesãos da paz; dai-nos a capacidade de olhar com benevolência todos os irmãos que encontramos no nosso caminho. Tornai-nos disponíveis para ouvir o grito dos nossos cidadãos que nos pedem para transformar as nossas armas em instrumentos de paz, os nossos medos em confiança e as nossas tensões em perdão. Mantende acesa em nós a chama da esperança para efectuar, com paciente perseverança, opções de diálogo e reconciliação, para que vença finalmente a paz. E que do coração de todo o homem sejam banidas estas palavras: divisão, ódio, guerra! Senhor, desarmai a língua e as mãos, renovai os corações e as mentes, para que a palavra que nos faz encontrar seja sempre «irmão», e o estilo da nossa vida se torne: shalom, paz, salam! Amen.