O Papa salientou esta Quarta-feira, no Vaticano que uma sociedade indiferente ao sofrimento dos outros é uma sociedade “cega”, durante a audiência pública com os peregrinos na Praça de São Pedro.
Na sua reflexão, Francisco lembrou dramas como a pobreza e a doença, também a situação dos refugiados e deslocados, que muitas vezes não provocam mais do que um sentimento de “incómodo”.
“Quantas vezes vêm pessoas ao longo do nosso caminho e nos sentimos incomodados? É uma tentação, todos passamos por ela, mesmo eu”, referiu o Papa argentino, lembrando no entanto que Jesus desafia todos a “colocarem no centro da sua vida quem está excluído”.
Baseando-se na passagem bíblica do cego que, à beira da estrada, pede a ajuda de Cristo que passa, Francisco lembrou que todos mais cedo ou mais tarde, também passam por “situações difíceis”.
E tal como Cristo é sinal de “misericórdia” para com aqueles que cruzam o seu caminho, também os cristão devem saber ser sinal de exemplo de misericórdia para a sociedade atual.
Para que esta possa aprender o valor daqueles que se perderam nas "margens da estrada”, os saiba "resgatar" e apontar-lhes o caminho da “salvação”.
“A passagem de Jesus é também um convite a aproximarmo-nos dele, a sermos melhores, a sermos verdadeiramente cristãos, a segui-lo. Que todos os dias saibamos dar este passo, da indigência à condição de discípulos”, exortou o Papa.
Na audiência pública com o Papa estiveram peregrinos vindos da Síria, um dos países que mais tem sofrido com a guerra, que provocou já milhares de mortos e atirou milhões para a condição de refugiados e deslocados.