O patriarca sírio-ortodoxo Inácio II escapou este domingo a um atentado suicida em Qamishli durante a celebração do Pentecostes (calendário Juliano) e onde inaugurou um monumento que recorda os cristãos sírios e arménios vítimas do genocídio de 1915.

Segundo notícia da Rádio Vaticano, no atentado suicida morreram três responsáveis pela segurança do 123.º patriarca sírio-ortodoxo de Antioquia e de todo o Oriente.

O ataque aconteceu durante as celebrações do Pentecostes que realizara-se na igreja de Santa Maria e após a qual o patriarca Ignatius Aphrem inaugurou o novo monumento “Sayfo”, que recorda os cristãos assírios e arménios vítimas do genocídio de 1915, em Qamishli, no norte da Síria.

A Federação dos Arameus divulgou um comunicado onde destaca o dever da “comunidade internacional” proteger os arameus “que ficaram na sua mãe-pátria”: “Não precisa ignorar o choro que parte os corações e a ajuda de uma civilização em extinção e povo da Síria.

O ataque deste domingo, que ainda não foi reivindicado, é o quarto contra a comunidade assíria de Qamishli nos últimos seis meses, região que tem sido alvo de atentados do autoproclamado Estado Islâmico.

A Rádio Vaticano dá conta de três ataques: a 22 de Maio no mesmo distrito, um suicida matou cinco pessoas, três eram cristãos assírios; a 24 de Janeiro, duas explosões no Bairro assírio de Qamishli mataram três fiéis e feriram mais 20 pessoas e três bombas atiradas contra centros comerciais da cidade mataram 16 pessoas, 30 de Dezembro de 2015.

Segundo a Agência Fides, a cidade de maioria curda está actualmente dividida entre uma área controlada pelas milícias curdas e uma sob controlo das forças governamentais sírias.