A Igreja Católica lançou um apelo, através do Conselho das Igrejas do Sudão do Sul, para uma jornada de oração pela paz no país, agendada para este sábado.
A informação foi avançada hoje pela fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), a qual acrescentou que os cidadãos estrangeiros estão a ser retirados do Sudão do Sul, apesar do cessar-fogo decretado pelo presidente.
Em causa estão os confrontos armados entre tropas fiéis ao presidente Salva Kiir e milícias do primeiro-vice-presidente Riek Machar, que causaram centenas de vítimas desde sexta-feira da última passada.
“A Fundação AIS convida todos os seus benfeitores e amigos a juntarem-se também a esta corrente de oração para que o Sudão do Sul não volte a conhecer os dias amargos da guerra civil”, refere uma nota da organização católica enviada à Agência ECCLESIA.
A AIS dá conta do relato da fuga de milhares de pessoas, em consequência dos mais recentes tiroteios e bombardeamentos.
De acordo com esses relatos, “muitas igrejas têm sido alvo” dos tiroteios, o que obrigou também à fuga de “muitos padres e irmãs”.
Segundo Maria Lozano, vice-diretora de comunicação internacional da AIS, as informações provenientes da igreja no Sudão do Sul referem-se a populações “cercadas por tiros e artilharia pesada” com “centenas de soldados aos gritos”, assustando os civis, “na sua maioria, mulheres”.
Os confrontos armados foram já frontalmente condenados pelas Nações Unidas e pela União Africana.