O Papa elogiou este Domingo no Vaticano o “exemplar testemunho” de sacerdotes e religiosos que se dedicam ao “anúncio do Evangelho”, mesmo que isso lhes custe a vida, e rejeitou os “burocratas” na Igreja.
“A Igreja não tem necessidade de burocratas e de diligentes funcionários, mas de missionários apaixonados, devorados pelo ardor de levar a todos a consoladora palavra de Jesus e a sua graça”, declarou, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a recitação do ângelus.
Desde a janela do Palácio Apostólico, Francisco apresentou uma reflexão sobre a acção do Espírito Santo nas comunidades católicas, a partir da imagem do “fogo”, sinal da “presença viva e operante” de Deus que “purifica e renova, queima cada miséria humana, cada egoísmo, cada pecado”.
O Espírito Santo, acrescentou, dá o “fervor para anunciar a todos Jesus e a sua consoladora mensagem de misericórdia”.
O Papa desafiou os membros da Igreja a rejeitar o “medo e o calculismo”, falando na necessidade de “coragem apostólica”.
“O Espírito Santo ajuda-nos a superar os muros e as barreiras, torna-nos criativos e leva-nos a meter-nos em movimento para caminhar também por estradas inexploradas ou incómodas, oferecendo esperança a quantos encontramos”, precisou.
Francisco recordou, a este respeito, o padre Maximiliano Kolbe, sacerdote polaco que morreu no campo de concentração de Auschwitz na II Guerra Mundial, cuja festa litúrgica se assinala anualmente a 14 de Agosto.
Após a oração do ângelus, o Papa saudou os fiéis presentes na Praça, em particular os jovens vindos de várias cidades italianas.
Já esta segunda-feira volta a repetir-se este encontro de oração, por ocasião da solenidade litúrgica da Assunção de Maria.