Madre Teresa de Calcutá foi proclamada santa pelo Papa Francisco, numa cerimónia que ainda decorre na Praça de S. Pedro, no Vaticano.
A fórmula de canonização foi lida pelo Papa, em latim, aos fiéis que acompanham a canonização da Prémio Nobel da Paz que ficou conhecida como "mãe dos pobres".
“Em honra da Santíssima Trindade, para exaltação da fé católica e incremento da vida cristã, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e a nossa, após ter longamente reflectido, invocado várias vezes o auxílio divino e escutado o parecer dos nossos irmãos no episcopado, declaramos e definimos como Santa a Beata Teresa de Calcutá, inscrevemo-la no Álbum dos Santos e estabelecemos que em toda a Igreja ela sejam devotamente honrada entre os Santos”, declarou Francisco.
Madre Teresa de Calcutá foi proclamada santa depois de lhe ter sido atribuído a cura milagrosa de um homem brasileiro, que tinha oito tumores cerebrais.
A canonização de Madre Teresa é uma das marcas do Ano da Misericórdia e indica ao mundo inteiro o valor de uma vida plena ao serviço dos mais pobres. Uma vida terna e, ao mesmo tempo, enérgica, de uma mulher pequena, curvada e cheia de rugas que se tornou um ícone do amor por aqueles que ninguém quer amar, pelos rejeitados e moribundos.
E se muitos ainda hoje evitam olhar para a miséria, o que é certo, é que o exemplo e a obra desta religiosa vestida de sari criou uma onda de admiração espalhada por todo o mundo, não só em toda a Índia, mas também nos países ricos, ganhando, inclusivamente, o prémio Nobel da Paz.
Qual foi o seu segredo? A explicação é da própria Madre Teresa: “As organizações não-governamentais trabalham para um projecto, nós trabalhamos por Alguém”. Esse “Alguém” era Cristo, que Madre Teresa reconhecia em cada pobre que encontrava, cuidava e acarinhava.
Madre Teresa também ensinou que Calcutá, mais do que uma cidade, significa coração ferido ou necessitado. Por isso, há “Calcutás” no mundo inteiro. E uma das provas disto mesmo é a presença hoje em Roma de 700 jornalistas e 15 delegações oficiais com chefes de Estado, bem como a transmissão em directo de 125 canais televisivos do mundo inteiro.