O Papa destacou hoje no Vaticano a preferência de Deus pelos humildes, aqueles que entendem os seus mistérios e caminham no seu temor, “que não é medo”.
Na Eucaristia a que presidiu na Capela da Casa de Santa Marta, Francisco começou por observar que “os pequeninos são os protagonistas também do Natal”, a partir de uma passagem do livro bíblico do profeta Isaías, e destacou a referência ao “pequeno rebento” que vai trazer a libertação e não de “um exército”.
“No Natal veremos esta pequenez, esta pequena coisa: uma criança, uma manjedoura, uma mãe, um pai. Corações grandes mas atitude de pequeninos”, exemplificou.
Neste contexto, Francisco assinalou que esse rebento, onde “repousará o Espírito do Senhor”, vai ter “aquela virtude dos pequeninos e o temor do Senhor”, humildade.
O pontífice argentino sublinhou que apenas os pequeninos “são capazes de entender” plenamente “o sentido da humildade, o sentido do temor de Deus” porque caminham à frente do Senhor e “sentem que dá a força” para avançar.
“Viver a humildade, a humildade cristã, é ter este temor do Senhor que não é medo. A humildade é a virtude dos pequeninos, a verdadeira não a humildade um pouco teatral”, disse o Papa.
Referindo-se ao Natal, Francisco indicou que Maria, a jovem para a qual Deus olhou para “enviar o seu Filho” vai ter com a prima Isabel, mas não lhe diz nada sobre o que tinha acontecido”, porque “é humilde, muito humilde”.
“Que possamos pedir para todos nós a graça da humildade, a graça do temor de Deus, de caminhar na sua presença, procurando ser irrepreensíveis”, pediu ainda, no final da homilia, divulgada pela Rádio Vaticano.