O Papa Francisco assinalou esta Segunda-feira 13 de Março, mais ano do seu pontificado. Neste 4.º aniversário da sua eleição pontifícia, Francisco pediu, “por favor, continuem a rezar por mim”, pode ler-se junto da fotografia que evoca a primeira aparição pública do Papa, no momento em que se inclina diante da multidão na Praça de São Pedro.
Já na rede social Twitter, o Papa prosseguiu a publicação de mensagens relacionadas com o tempo litúrgico da Quaresma: “O Espírito Santo nos guie para realizarmos um verdadeiro caminho de conversão, para redescobrirmos o dom da Palavra de Deus”.
O cardeal Jorge Mário Bergoglio foi eleito como sucessor de Bento XVI a 13 de Março de 2013, após a renúncia do agora Papa emérito, assumindo o inédito nome de Francisco; é o primeiro Papa jesuíta na história da Igreja e também o primeiro pontífice sul-americano.
Em 48 meses, o Papa argentino fez 17 viagens internacionais e ainda 12 visitas na Itália, incluindo uma passagem pela ilha de Lampedusa; Fátima vai receber Francisco a 12 e 13 de maio, na celebração do Centenário das Aparições.
Entre os principais documentos do atual pontificado estão as encíclicas 'Laudato si', dedicada a questões ecológicas, a 'Lumen Fidei' (A luz da Fé), que recolhe reflexões de Bento XVI, e as exortações apostólicas 'Evangelii Gaudium' (A alegria do Evangelho) e ‘Amoris Laetitia’ (A alegria do amor).
O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, recordou em entrevista à Rádio Vaticano a “surpresa” que representou a eleição do então arcebispo de Buenos Aires e a própria escolha do nome “Francisco”.
Para o responsável, chamado pelo actual Papa ao Vaticano quando se encontrava na representação diplomática da Santa Sé na Venezuela, é importante sublinhar a ideia de “Igreja em caminho” para entender o atual pontificado.
“O esforço da Igreja deve ser o de se tornar canal do encontro entre a misericórdia de Deus e o homem de hoje, na sua realidade concreta, nas suas alegrias e nas suas dores, nas suas certezas e também nas suas fraquezas e nas suas dúvidas”, acrescentou.
D. Pietro Parolin assinalou que as “críticas” ao Papa são algo que “sempre existiu” na vida da Igreja e que se devem aceitar, desde que sejam “críticas sinceras, que querem construir e sirvam, então, para progredir”.
Em relação às reformas em curso, o secretário de Estado do Vaticano, que integra o Conselho dos Cardeais criado pelo Papa Francisco, com representantes dos cinco continentes, valoriza sobretudo a “reforma do coração”, que ultrapassa meros “critérios funcionais”.
“Aquilo que me impressiona no Papa Francisco é precisamente a sua leitura de fé das coisas, das situações, da qual nasce, diria, uma grande serenidade de fundo”, observa o mais directo colaborador do pontífice.
Essa serenidade, diz ainda, acompanha o Papa mesmo nos momentos “mais difíceis, mais complicados”, permitindo-lhe avançar “com força” e “com coragem”.