O Papa Francisco afirmou este Sábado na homilia da Missa da Vigília Pascal que Cristo está vivo e “quer ressurgir em tantos rostos que sepultaram a esperança, sepultaram os sonhos, sepultaram a dignidade”.
“Vamos… a todos aqueles lugares onde pareça que o sepulcro tenha a última palavra e onde pareça que a morte tenha sido a única solução. Vamos anunciar, partilhar, revelar que é verdade: o Senhor está Vivo”, afirmou o Papa na Basílica de São Pedro, em Roma.
“Com a Ressurreição, Cristo não deitou por terra apenas a pedra do sepulcro, mas quer fazer saltar também todas as barreiras que nos fecham nos nossos pessimismos estéreis, nos nossos mundos conceptuais bem calculados que nos afastam da vida, nas nossas obcecadas buscas de segurança e nas ambições desmesuradas capazes de jogar com a dignidade alheia”, sublinhou o Papa.
Francisco presidiu à Vigília Pascal, a principal e mais antiga festa do ano litúrgico, que celebra a ressurreição de Jesus, com sinais e simbolismos únicos, como o fogo e a luz e a água baptismal, durante a qual baptizou 11 catecúmenos.
No comentário à ‘Liturgia da Palavra’, que nesta celebração propõe sete leituras do Antigo Testamento e duas do Novo Testamento, onde se anuncia ressurreição, o Papa comentou o Evangelho de São Mateus, no capítulo 28, que narra a visita ao sepulcro de “Maria de Magdala e a outra Maria”, onde receberam a notícia “ressuscitou, como tinha dito”.
“Vamos com elas comunicar a notícia”, desafiou o Papa
“Vamos e deixemo-nos surpreender por esta alvorada diferente, deixemo-nos surpreender pela novidade que só Cristo pode dar. Deixemos que a sua ternura e o seu amor movam os nossos passos, deixemos que o pulsar do seu coração transforme o nosso ténue palpitar”, acrescentou.
Para Francisco a “vida arrancada, destruída, aniquilada na cruz despertou e volta a palpitar de novo”
“O palpitar do Ressuscitado é aquilo que nos foi dado, sendo-nos pedido para, por nossa vez, o darmos como força transformadora, como fermento de nova humanidade”, sublinhou.
A Vigília Pascal, presidida pelo Papa, foi concelebrada por 82 cardeais e bispos e por 380 sacerdotes, e os 11 catecúmenos baptizados e crismados por Francisco são naturais de Espanha República Checa, Estados Unidos da América, Itália Albânia, Malta, Malásia e China.