O Papa Francisco disse este Domingo no Vaticano que as comunidades católicas devem ser sensíveis às “necessidades dos irmãos”, com gestos de “partilha”, no dia em que se assinala a festa da Divina Misericórdia.
“A misericórdia aquece o coração e torna-o sensível às necessidades dos irmãos com a partilha e a atenção. A misericórdia leva todos a ser instrumentos de justiça, de reconciliação e de paz”, declarou, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, para a recitação da oração pascal do ‘Regina Coeli’.
A misericórdia, acrescentou, abre as “portas do coração” e aproxima as pessoas dos que estão sós e marginalizados, mostrando que “a violência, o rancor, a vingança não têm qualquer sentido”.
“A primeira vítima é quem vive destes sentimentos, porque se priva da sua própria dignidade”, alertou o Papa.
Francisco apresentou a misericórdia como “pedra angular” da vida de fé e como “forma concreta” de anunciar a ressurreição de Jesus, que se celebra na Páscoa.
A festa da Divina Misericórdia – celebrada anualmente no primeiro domingo depois da Páscoa – celebra-se desde o ano 2000, por iniciativa de São João Paulo II, inspirado na figura Santa Faustina Kowalska (1905-1938).
Francisco elogiou esta “bela intuição” do Papa polaco e recordou que o mesmo tema esteve no centro do último Jubileu extraordinário (Dezembro 2015-Novembro 2016).
Já após a oração do ‘Regina Coeli’, que no tempo pascal substitui o Ângelus, o Papa recordou a beatificação mês este sábado, do sacerdote espanhol Luís António Rosa Ormières, figura do século XIX que se distinguiu pelo seu serviço no campo da educação.
No final do encontro, Francisco agradeceu a todos os que lhe fizeram chegam mensagens com votos de Boa Páscoa.